sexta-feira, 28 de outubro de 2011

1965 - Compacto - Eu Vim da Bahia - Sim, Foi Você - Maria da Graça

Oi pessoal! Nesta sexta-feira, um dia muito especial pra mim, trago aqui no Blog um compacto muito importante da carreira da cantora Gal Costa. Lançado originalmente em 1965 pela tradicional gravadora RCA Victor, este compacto traz uma jovem cantora que, embora no início de carreira já trazia na bagagem amizades e trabalhos com futuros grandes nomes de nossa música brasileira, como Maria Bethânia, Caetano Veloso, Gilberto Gil e Tom Zé. Recém-chegada da Bahia, seu estado natal, Gal Costa começou a trilhar sua carreira na música, gravando as músicas "Eu Vim da Bahia", de Gilberto Gil, que se transformou numa das músicas mais lembradas e de maior sucesso do início da carreira de Gil, e "Sim, Foi Você", de Caetano Veloso. Um compacto simples que, embora possa parecer, traz a voz e o talento de uma das maiores cantoras da história de nossa música brasileira, aqui conhecida ainda por seu nome de batismo: Maria da Graça.

1 - Eu Vim da Bahia
2 - Sim, Foi Você

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

1970 - Compacto - Jesus Cristo - Com Mais de 30 - Claudia

Oi pessoal! Nesta quarta-feira, trago aqui no Blog mais um compacto que representou um momento importante da música brasileira. Após iniciar sua carreira em apresentações nos programas do Fino da Bossa, comandados por Elis e Jair, na Tv Record durante a década de 1960, Claudia se tornou conhecida do público e suas músicas fizeram grande sucesso, levando-a a ganhar o prêmio Roquette Pinto como cantora revelação, na época. Anos depois, em 1969, classificou a música "Razão de Paz para Não Cantar", de Eduardo Lages e Alézio de Barros, em 1º lugar no I Festival Fluminense da Canção e em 4º lugar no IV Festival Internacional da Canção, promovido pela Tv Globo. Já em 1970, no México, participou do XI Festival da Canção, conseguindo uma marca de quatro medalhas de ouro, incluindo a de melhor intérprete. Ainda em 1970, Claudia lança este compacto simples, com duas das músicas que se tornariam os principais sucessos da cantora no período e os carros-chefes do LP "Jesus Cristo", lançado apenas em 1971. Tanto a música de Erasmo & Roberto Carlos, "Jesus Cristo", como "Com Mais de 30", de Marcos & Paulo Sérgio Valle, lançadas neste compacto, precisavam ser lançadas para a apreciação do público, justificando o lançamento deste compacto meses antes do lançamento do LP oficial, prática muito comum entre os cantores e gravadoras da época. Portanto, aqui está o registro destas duas músicas que, com certeza, se consagraram não só pelas mãos (ou vozes, por assim dizer) de seus compositores, como também pela interpretação única e antológica da talentosa cantora Claudia.

1 - Jesus Cristo
2 - Com Mais de 30

domingo, 23 de outubro de 2011

1969 - Compacto - Ave Maria Dos Retirantes - Canção De Chorar - Catavento - Atento, Alerta - Maysa

Oi pessoal! Neste domingo, de sol, céu azul, típico de primavera, trago uma pérola da música de Maysa, um compacto duplo lançado pela Copacabana, em 1969. Numa época em que Maysa retornava ao Brasil após ficar alguns anos na Espanha, este compacto nos traz a voz inesquecível desta cantora que imortalizou com sua voz forte e presença característica de sua personalidade singular sucessos indescritíveis da música brasileira, como "O Barquinho", "Meu Mundo Caiu", "Fim de Caso", "Castigo", dentre tantos outros. Neste período de sua vida, Maysa se dedicou a participações em novelas, como em "O Cafona", exibida pela Tv Globo em 1971, além da apresentação de um programa especial na Tv Tupi, ao lado do ator Ítalo Rossi, intitulado "A Maysa de Hoje". Participou como jurada no V Festival de Música Popular Brasileira, promovido pela Tv Record, em 1969, e, ainda no mesmo ano, participou também no IV Festival Internacional da Canção (FIC), promovido pela Tv Globo, com a música "Ave Maria dos Retirantes", muito embora não tenha se classificado entre as finalistas do festival. Neste clima de mudanças e novos rumos da música da cantora, este compacto é lançado, trazendo ao público, além da música defendida por Maysa, as músicas "Catavento" e "Atento, Alerta", que se destacam no compacto. Embora seja um trabalho não muito conhecido de Maysa, este compacto traz grandes interpretações repletas de muito talento.

1 - Ave Maria dos Retirantes
2 - Canção de Chorar
3 - Catavento
4 - Atento, Alerta

sábado, 22 de outubro de 2011

1978 - Compacto - Chica Boom Chick - Revoada - Maria Alcina

Oi pessoal! Neste sábado, de muito sol e calor, trago um compacto alegre, de uma mineira que surgiu na música brasileira com o sucesso arrebatador de "Fio Maravilha", de Jorge Ben, no VII Festival Internacional da Canção (FIC), promovido pela Tv Globo, em 1972. Ganhadora do 1º lugar do festival, Maria Alcina conquistou o público com sua voz grave e seu estilo único. Em 1973, gravou seu primeiro Long-Play, com músicas já bem conhecidas do público, como "Alô, Alô", de André Filho, e um dos grandes sucessos da carreira de Carmen Miranda, "Paraíba", de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, e "Como Vaes Você", de Ary Barroso. Um ano mais tarde, grava seu segundo LP, "Maria Alcina", lançando mais um grande sucesso de sua carreira: "Kid Cavaquinho". Durante os anos 1970, lançou diversos compactos, inclusive este, escolhido como tema da postagem de hoje. Lançado em 1978 pela gravadora EMI, este compacto nos traz mais um grande sucesso de Carmen Miranda, "Chica Chica Boom Chick" e, no lado B, temos a música "Revoada", não muito conhecida, mas bem alegre, ao estilo característico de Maria Alcina. Um compacto interessante, que mostra o talento desta cantora mineira que, embora hoje em dia não seja muito lembrada pela maioria das pessoas, teve uma importante contribuição para a história da música brasileira.

1 - Chica Chica Boom Chick
2 - Revoada

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

1957 - Noturno - Elizete Cardoso

Oi pessoal! Nesta quarta-feira, de sol e tempo aberto, posto aqui no Blog mais um disco da nossa "divina" Elizete Cardoso. Dona de uma das mais belas vozes de nossa música brasileira, Elizete desde criança se especializou na arte de cantar, sendo descoberta aos dezesseis anos por Jacob do Bandolin, que a levou pela primeira vez a Rádio Guanabara para fazer um teste, sendo contratada para fazer parte de um programa semanal na rádio. Em 1941, Elizete se tornou crooner de orquestras, mudando-se para São Paulo anos mais tarde e, no final da década de 1940, por intermédio de Ataulfo Alves, gravou seu primeiro disco, com as músicas "Mensageiro da Saudade", de Ataulfo e José Batista, e "Braços Vazios". Com o seu segundo disco, Elizete alcançou o sucesso, com a música "Canção de Amor", de Chocolate e Elano de Paula, sendo então convidada para trabalhar na Rádio Tupi do Rio. Um ano mais tarde, em 1951, Elizete participou do primeiro filme da carreira e fez parte do primeiro programa da recém-inaugurada Tv Tupi do Rio de Janeiro, cantando nestas duas ocasiões a música "Canção de Amor". Nos anos seguintes, Elizete participou de alguns outros filmes, projetos e gravou alguns discos até que, em 1955, já conhecida nacional e internacionalmente, grava seu primeiro LP pela Continental e, em 1957, grava o disco tema da postagem de hoje. "Noturno" nos traz músicas belíssimas de nossa MPB, como "Olhos Verdes", de Vicente Paiva, "Risque" e "Na Baixa do Sapateiro", de Ary Barroso, "Chove Lá Fora", de Tito Madi, "Chão de Estrelas", de Silvio Caldas e Orestes Barbosa, "Feitiço da Vila", de Noel Rosa e Vadico, e "Se Todos Fossem Iguais a Você", de Tom e Vinicius, dupla essa que traria a Elizete, em 1958, um sucesso estrondoso com um disco inteiro de músicas da dupla, "Canção do Amor Demais", que foi um dos precursores do movimento Bossa Nova, que ganhou as rádios de todo o mundo na época. Enfim, aqui está Elizete com seu estilo único, cheia de talento, pronta para despontar como uma das cantoras de maior sucesso de sua época, com músicas incríveis que encantam nossa música brasileira até hoje.

1 - Na Baixa do Sapateiro
2 - Risque
3 - Chove Lá Fora
4 - Molambo
5 - Feitiço da Vila
6 - Noturno
7 - Se Todos Fossem Iguais a Você
8 - Chão de Estrelas
9 - Olhos Verdes
10 - Promessa

Este disco pode ser buscado em https://parallelrealitiesstudio.wordpress.com/2012/11/08/%D0%B5liz%D0%B5th-%D1%81%D0%B0rd%D0%BEs%D0%BE-n%D0%BEturn%D0%BE-1957/

domingo, 16 de outubro de 2011

1960 - Eu Sou o Espetáculo - José Vasconcellos

Oi pessoal! Neste domingo chuvoso e melancólico, presto uma singela homenagem a um dos maiores e eternos humoristas brasileiros, falecido na última terça-feira, 11 de outubro: José Vasconcellos. Um dos pioneiros no gênero humorístico da televisão, Vasconcellos iniciou sua carreira ao imitar grandes nomes de artistas e radialistas, nacionais e internacionais, no programa "Papel Carbono", apresentado por Renato Murce, em 1941. Seis anos depois, estreou no cinema com o filme "Este Mundo É Um Pandeiro", ao lado de grandes nomes do cinema da época, como Oscarito e Grande Otelo, e cantores consagrados, como Emilinha Borba, Joel & Gaúcho, Nelson Gonçalves, Lúcio Alves, Luiz Gonzaga, Cyro Monteiro, dentre outros. Em 1952, Vasconcellos participou do primeiro programa humorístico da televisão brasileira, apresentado na Tv Tupi de São Paulo, com o nome de "A Toca do Zé". Tornou-se célebre pelas suas imitações de radialistas e papéis de gago, além de ser o pioneiro no mundo no gênero "stand-up comedy", que nada mais é do que apresentar um show sozinho no palco, contando piadas e divertindo o público com "tiradas" engraças e ironias, indiretas cômicas. Em 1960, José Vasconcellos lançou pela Odeon o disco tema da postagem de hoje, "Eu Sou o Espetáculo", baseado no show de mesmo nome que apresentou por muitos e muitos anos em teatros por todo o Brasil. E esse disco, um dos mais bem sucedidos da história dos discos de humor, abriu caminho para que outras gravadoras começassem a investir nesse novo gênero. Neste disco, com duração de 55 minutos, um dos mais longos da história fonográfica brasileira, José Vasconcellos conta suas piadas, seus "causos", de forma interativa, alegre, extrovertida e, é claro, com muito bom humor. E, aqui, fica a homenagem do Blog a um rio-branquense que teve uma importância fundamental na história brasileira, com seu humor, suas participações memoráveis em programas como "Escolinha do Professor Raimundo", com a personagem do gago Rui Barbosa Sa-Silva, levando a todos pelo país a graça de um humor simples, ingênuo, mas carregado de muito profissionalismo e talento. Uma perda inestimável para história do humor mundial.

01 - 1ª Parte
02 - 2ª Parte / Aquarela do Brasil

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

1969 - Canções para Crianças de 6 a 60! - Trio Irakitan

Oi pessoal! Nesta sexta-feira, pós Dia das Crianças e Dia de Nossa Senhora, o Blog da Música Brasileira traz uma singela homenagem às crianças de todas as idades que gostam, acompanham e se identificam com o Blog de alguma maneira, enriquecendo-o com comentários, sugestões, críticas e muitas boas histórias. E, para esta homenagem, escolhi como tema um trio formado em 1950 e batizado pelo jornalista, antropólogo, historiador e advogado brasileiro, Câmara Cascudo, de Trio Muirakitan (pedra verde, em Tupi-Guarani). Contudo, na época já existia um grupo com este nome, sendo então rebatizado por Câmara Cascudo de Trio Irakitan (que significa mel verde ou também doce esperança). Formado pelos músicos Edinho no violão, Paulo Gilvan no afoxé e Joãozinho no tantã, o então Trio Irakitan iniciou sua carreira excursionando pela América Latina e Caribe em seus primeiros anos de formação. Em 1954 voltaram ao Brasil e fixaram residência na então capital, Rio de Janeiro, sendo contratados pela Rádio Nacional para integrar o elenco da rádio. Ainda no mesmo ano, gravaram o primeiro disco e o primeiro Long-Play (intitulado "Vozes e Ritmos do Trio Irakitan"), ambos pela gravadora Odeon. Em 1955, gravaram alguns sambas de Herivelto Martins e canções natalinas, alcançando enorme sucesso de público e crítica. Em 1960, o trio participou do filme "A Velha a Fiá", de Humberto Mauro, lançando nesse ano o disco tema da postagem de hoje. No auge de sua carreira, o trio nos apresenta esta preciosidade, com músicas antológicas, conhecidas por todos, como "A Velha a Fiar", uma das canções mais conhecidas pra crianças de todos os tempos, ao lado de "Os Escravos de Jó". Além delas, temos "Os Peixinhos do Mar", "São João", "Napoleon", "Na Minha Casa Tem", "Meu Galo", "Companheiros Eu Sei Tocar" e "Marinheiro". Um disco sensacional, lançado por um trio que, embora um pouco desconhecido do público atualmente, tem uma importância ímpar para a história de nossa música brasileira.

1 - Companheiros Eu Sei Tocar
2 - Cadafau
3 - Os Peixinhos do Mar
4 - Os Escravos de Jó
5 - O Marinheiro
6 - Na Minha Casa Tem
7 - A Velha a Fiar
8 - Napoleon
9 - Gato Careteiro
10 - São João
11 - O Galo
12 - Dondin Dondá

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

1974 - Sinal Fechado - Chico Buarque

Oi pessoal! Nesta segunda-feira, quente e ensolarada de outubro, trago aqui no Blog mais um disco "quente" de nossa música popular brasileira. E, além de Chico Buarque representar toda uma geração de artistas que cantavam em nome de um ideal, em nome da liberdade, Chico também nos lembra a época tão saudosa e lembrada dos grandes festivais de MPB da década de 1960. E, num desses festivais, Chico pela primeira vez se tornou conhecido do público e da crítica, com seu jeito tímido, acanhado, com seu violão à tira-colo, a cantora Nara Leão a seu lado e uma platéia cantando, ovacionando, vibrando com os versos de "A Banda", vencedora deste festival (II Festival de MPB, promovido pela Tv Record, em 1966), ao lado da também vencedora "Disparada", com a interpretação inesquecível de Jair Rodrigues. Neste mesmo ano, o até então compositor lança seu primeiro disco, com composições próprias, novas, que se tornaram grandes sucessos de sua canção. Como um dos maiores vencedores de festivais, Chico ainda se classificaria em 3º lugar no III Festival de Música Popular Brasileira, promovido pela Tv Record, em 1967, ao lado do grupo MPB-4 ao defender a música "Roda Viva", num dos festivais mais disputados e importantes da história da música brasileira. Neste mesmo ano, "Carolina", de sua autoria receberia também o prêmio de 3º lugar no II Festival Internacional da Canção, promovido pela Tv Globo, na interpretação de Cynara e Cybele. No ano seguinte, mais vitórias e conquistas. No IV Festival de MPB da Tv Record, Chico alcança o 1º lugar pelo júri popular do festival com a música "Benvinda" e na I Bienal do Samba, também organizado pela Tv Record, alcançou o 2º lugar com a música "Bom Tempo", perdendo apenas para "Lapinha", defendida por Elis Regina numa interpretação antológica. Bons tempos. Tempos em que a música brasileira era o tema de conversas, tinham um porquê, cantavam um Brasil que há muito deixamos pra trás em nossas memórias. Contudo, Chico Buarque não parou por aí. Sua música se atualizou, se aperfeiçoou, mas nunca deixou de lado sua marca registrada em termos de belíssimas letras, músicas que em sua essência transmitem o que temos de melhor em termos de música brasileira, em cada período de sua carreira. E com este disco, tema da postagem de hoje, não é diferente. Neste disco, lançado originalmente em 1974, Chico nos traz alguns grandes sucessos, como "Sinal Fechado", ganhadora do V Festival de MPB, de 1969, com o próprio compositor, Paulinho Viola e que dá nome ao disco, "Você Não Sabe Amar" e "Lígia", de Chico e Tom Jobim, regravada diversas vezes por muitos outros cantores. Além destas duas, destacam-se as músicas "Festa Imodesta", "O Filho Que Eu Quero Ter", de Toquinho e Vinicius, "Cuidado Com a Outra", "Copo Vazio", "Lágrima", "Sem Compromisso", "Filosofia" e "Acorda Amor". Um disco maravilhoso, um dos melhores da discografia de Chico Buarque. Como diz a música "Festa Imodesta", faço destas as minhas palavras: (...) Viva àquele que se presta a esta ocupação, salve o compositor popular!

1 - Festa Imodesta
2 - Copo Vazio
3 - Filosofia
4 - O Filho Que Eu Quero Ter
5 - Cuidado Com a Outra
6 - Lágrima
7 - Acorda Amor
8 - Lígia
9 - Sem Compromisso
10 - Você Não Sabe Amar
11 - Me Deixe Mudo
12 - Sinal Fechado

domingo, 9 de outubro de 2011

1960 - A Bossa É Nossa - Lúcio Alves

Oi pessoal! Neste domingo, depois de um sábado, de muito sol, calor e alto astral, nada melhor que um bom disco de Bossa Nova pra elevar os ânimos. E, nada melhor que a interpretação de Lúcio Alves em canções marcantes do movimento que balançou a juventude brasileira do final da década de 1950. Grande cantor e violonista brasileiro, Lúcio Alves fez muito sucesso no rádio durante as décadas de 1950 e 60 com sua voz forte, interpretação única e talento incomparável, lançando sucessos que até hoje fazem da música brasileira uma arca cheia de pérolas e preciosidades que jamais devem cair no esquecimento do público que não teve a oportunidade de conhecê-las. Com Dick Farney, outro grande nome da Bossa Nova e da música brasileira, Lúcio Alves gravou inúmeros sucessos de sua música, como "Valsa de Uma Cidade", "Teresa da Praia" e "Sábado em Copacabana", clássicos referenciais do movimento Bossa Nova. Neste disco, lançado em 1960, Lúcio Alves nos traz as imortais "Dindi" e "O Samba da Minha Terra", além de "A Vizinha do Lado", "Joãozinho Boa Pinta", "Viva Meu Samba", "Casinha Pequena" e "O Amor e a Rosa". Um disco maravilhoso, recheado de boa música, história e o talento de Lúcio Alves com a Bossa, que neste caso, é toda nossa.

1 - Viva Meu Samba
2 - Dindi
3 - Joãozinho Boa Pinta
4 - Baladinha Lítero Musical
5 - A Vizinha do Lado
6 - Nova Ilusão
7 - O Amor e a Rosa
8 - Cheiro de Saudade
9 - O Nosso Olhar
10 - Casinha Pequena
11 - Samba Triste
12 - Samba da Minha Terra

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

1967 - Elza, Miltinho e Samba

Oi pessoal! Nesta sexta-feira, primeira do mês de Outubro, trago aqui no Blog mais um disco da dupla Elza & Miltinho, que durante a década de 1960 produziu três discos de puro e autêntico samba. Recém saída do II Festival de Música Popular Brasileira, organizado pela Tv Record no ano anterior, Elza tinha alcançado grande popularidade com seus sambas já muito conhecidos do grande público, como "Se Acaso Você Chegasse", um dos maiores sucessos de sua carreira, além de "Mulata Assanhada", "Só Danço Samba" e, é claro, a segunda colocada do festival do ano anterior, "De Amor ou Paz". 5 anos antes da concepção deste LP, Elza excursionou com a seleção brasileira de futebol para o Chile, onde seria disputada a sétima edição da Copa do Mundo de Futebol e que lhe renderia sucesso e fama internacional, além de ter conhecido seu futuro marido, o craque "Mané" Garrincha. Quanto a Miltinho, sua carreira remonta os anos 1940, ao participar dos famosos grupos "Anjos do Inferno", "Quatro Ases e Um Curinga" e "Milionários do Ritmo". Contudo, seu maior sucesso veio com a canção "Mulher de 30", já na década de 1960, estabelecendo-se aí como um dos grandes intérpretes de samba do país. Embora não seja muito lembrado atualmente por suas músicas e seus discos, Miltinho teve uma importância fundamental na consolidação da música brasileira, com muitos sucessos, discos e long-plays, sendo que continua em plena atividade até hoje. Voltando-se ao disco, temos vários Pot-Pourris, cada qual melhor que o outro. Por isso, hoje especialmente não destacarei nenhum em particular porque todos são, na minha opinião, maravilhosos. Quanto às músicas interpretadas por Elza e Miltinho individualmente, destaco as músicas "Se Você Disse" e "Estou Louco de Saudade", com Miltinho e "Todo Dia É Dia" e "Antonico", com Elza. Um disco fantástico, antológico, que merece de fato ser resgatado, ouvido, divulgado e apreciado por todos aqueles que admiram um excelente trabalho musical, que gostam de bons sambas e, é claro, de música brasileira.

1 - Com Que Roupa / Se Você Jurar
2 - Beijo Na Boca / Requebre Que Eu Dou Um Doce / Tem Que Ter
3 - Boogie-Woogie na Favela / Bonitão / Eu Quero Um Samba / Pourquoi
4 - Se Você Disse - Miltinho
5 - Todo Dia É Dia - Elza
6 - Enlouqueci / Fica Doido Varrido / Obsessão / Só Eu Sei / É Bom Parar / Calado Venci / Vai Que Depois Eu Vou / Já Vai
7 - Mal de Amor - Miltinho
8 - Antonico - Elza
9 - Louco de Saudade

sábado, 1 de outubro de 2011

1979 - Linha de Passe - João Bosco

Oi pessoal! Neste sábado ensolarado, primeiro de outubro, posto aqui no Blog mais um disco do cantor, compositor e violonista João Bosco. Vindo de uma família cheia de músicos, foi desde criança incentivado a tocar violão na sua Minas natal. No final da década de 1960, conhece Vinicius de Moraes, um dos maiores compositores e poetas brasileiros de todos os tempos, com quem compõe algumas músicas, como "Rosa dos Ventos", "O Mergulhador" e "Samba do Pouso". Alguns anos mais tarde, em 1971, sua vida daria uma reviravolta no âmbito musical ao conhecer o parceiro de muitos e grandes sucessos da música de João Bosco, o também compositor de grandes sucessos Aldir Blanc. A primeira música de João Bosco em parceria com Aldir a ser gravada foi a música "Agnus Sei", lançada em 1972 no lado B do compacto "O Tom de Tom Jobim e o Tal de João Bosco", lançado pelo jornal "O Pasquim", e interpretada pelo próprio João. Muito embora o lado A do compacto apresentasse a música antológica "Águas de Março", interpretada pelo próprio Tom, "Agnus Sei" despertou o talento de João para muitos cantores e músicos da época, além do próprio público geral. E uma cantora em especial começou a se interessar especialmente pela música de João: Elis Regina. Assim, ainda em 1972, Elis grava de dupla João e Aldir, a primeira de uma série de canções que se tornariam célebres, antológicas de nossa MPB: "Bala com Bala". Dentre os demais sucessos de João e Aldir na voz e interpretação de Elis estão as músicas "Agnus Sei", "O Caçador de Esmeralda", "Cabaré", "Cobra Criada", "O Mestre-Sala dos Mares", "O Rancho da Goiabada", "Dois Pra Lá, Dois Pra Cá", "Transversal do Tempo", "Caça à Raposa" e uma que acho fantástica: "O Cavaleiro e os Moinhos", gravada no disco da trilha do show "Falso Brilhante". Destaco especialmente a música "O Bêbado e a Equilibrista", gravada por Elis em 1979 no álbum "Elis, Essa Mulher", tornando-se um hino de protesto contra a ditadura em favor da anistia, alcançada em agosto do mesmo ano. E, nesta época, João lança seu disco "Linha de Passe", que contém além de "O Bêbado e a Equilibrista", as músicas não menos importantes "Cobra Criada", cantada por Elis no "13º Montreux Jazz Festival", na Suiça, no mesmo ano, "Sudoeste", "Linha de Passe", "Ai, Aidée", "Parati", "Boca de Sapo" e "Conto de Fada". Um disco que mostra a importância de João Bosco para a música brasileira, sendo o protagonista de inúmeros sucessos e músicas marcantes da história da nossa Música Popular Brasileira.

1 - Linha de Passe
2 - Conto de Fada
3 - Sudoeste
4 - Parati
5 - Patrulhando (Mara)
6 - O Bêbado e a Equilibrista
7 - Boca de Sapo
8 - Cobra Criada
9 - Ai, Aidée
10 - Natureza Viva
11 - Patrulhando (Masmorra)