sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

1970 - Viagem - Taiguara

Oi pessoal! Nesta sexta-feira, última do ano, posto um disco maravilhoso de nossa música brasileira, do cantor e compositor Taiguara. Dono de um talento inquestionável, Taiguara começou a trilhar os caminhos da música cantando em bares e boates noturnas, até que foi contratado pela gravadora PolyGram para gravar seu primeiro disco, em 1965. Um ano antes, teve a oportunidade de mostrar seu trabalho no Juão Sebastião Bar, em São Paulo, onde a já consagrada Claudette Soares se apresentava e mostrava ao público novos nomes da música da época, como Taiguara, Cesar Camargo Mariano, Toquinho e Chico Buarque, por exemplo. Desta amizade iniciada com Claudette Soares, surgiu a ideia de apresentar, juntamente com o Jongo Trio, o show "Primeiro Tempo: 5 x 0", com direção da dupla Miele & Bôscoli, dando origem a apresentações na Boate Rui Bar Bossa durante um ano. Após esse período, este show foi adaptado e durante quase dois anos foi apresentado no Teatro Princesa Isabel, dando origem ao LP gravado ao vivo, em 1966. Ainda neste mesmo ano, participou da trilha sonora do filme "Crônica da Cidade Amada", de Carlos H. Christiensen, também lançada pela Philips. Em 1967, juntamente com Eliana Pittman, Dori Caymmi, Cipó e Luiz Eça, Taiguara atuou no show "Fahrenheit", espetáculo esse gravado em disco pela Odeon no mesmo ano. Participou de diversos festivais em sua carreira, até que em 1970, Taiguara se inscreveu no V FIC (Festival Internacional da Canção), promovido pela Tv Globo, com a música "Universo No Teu Corpo", alcançando o terceiro lugar e um reconhecimento merecido do público. Neste ano, Taiguara lança um de seus LPs de maior sucesso de sua carreira, "Viagem", com destaque para os sucessos "Universo No Teu Corpo", "Geração 70", "Viagem", além das músicas "Gente Humilde", sucesso de Vinicius de Moraes, Chico Buarque e Garoto, "Em Algum Lugar do Mundo", "Maria do Futuro", "O Velho e o Novo", "Tema de EVA" e "Prelúdio Nº 2". Um disco fantástico, arrisco a dizer que é um dos melhores da carreira de Taiguara, com grandes sucessos e canções que têm a marca registrada deste cantor que soube levar à música e às pessoas, lugares em que a realidade começa e termina no sonho de um mundo cada vez melhor. Fica aqui a homenagem do Blog da Música Brasileira a este cantor e compositor que, mesmo não sendo de nacionalidade brasileira, trazia na alma a grandeza de um genuíno brasileiro.

2 - Maria do Futuro
3 - Prelúdio Nº 2
4 - A Transa
5 - Viagem
6 - Geração 70
7 - O Velho e o Novo
8 - Em Algum Lugar do Mundo
9 - Dia 5
10 - Gente Humilde
11 - Tema de Eva

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

1959 - Para Ouvir Sorrindo - Ivon Curi

Oi pessoal! Nesta segunda-feira após o Natal, trago de presente ao Blog da Música Brasileira uma raridade da música de um artista ainda inédito por aqui: Ivon Curi. Mineiro de Caxambu, Ivon Curi foi um grande cantor, compositor, ator e comediante brasileiro, muito embora tenha se destacado na música. Sua carreira artística iniciou-se em 1947, sete anos após ter se mudado para o Rio de Janeiro, quando foi contratado pelo Hotel Copacabana Palace para ser o crooner da orquestra de Zaccarias. No ano seguinte, foi convidado por Braguinha (João de Barro) a gravar pela Continental seu primeiro disco, com a música "Nature Boy", um grande sucesso internacional da época, além do samba de Dorival Caymmi, "Adeus", no outro lado do 78 rpm. No mesmo ano, gravou seu segundo disco, desta vez com as músicas francesas "Pigalle" e "La Vie en La Rose". Em 1949, gravou ao lado de Carmélia Alves mais um disco com o baião "Me Leva", de Hervé Cordovil e Rochinha, e "Gauchita", de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira. Apesar do sucesso do disco, gravou ainda mais três discos dedicados à músicas francesas neste ano. Um ano mais tarde, gravou com Marlene o maxixe "Nego, Meu Amor", além de lançar suas primeiras composições, como "É Amor" e "Tá Fartando Coisa Em Mim", esta última alcançando grande sucesso. Participou dos filmes "Aviso aos Navegantes", em 1950, e "Aí Vem o Barão", de 1951, mesmo ano em que gravou em duo com Emilinha Borba a toada "Noite de Luar". Em 1952, participou dos filmes "É Fogo na Roupa" e "Barnabé, Tu És Meu" e mudou para a gravadora RCA Victor. Em 1953, já pela nova gravadora, gravou as músicas "João Bobo", de sua autoria, a qual alcançou algum sucesso, e "Bobagem Gostosa", de Mário Lago e Chocolate. No ano seguinte, Ivon Curi gravou a toada "O Menino de Braçanã", de Luiz Vieira, "O Xote das Meninas", de Luiz Gonzaga e Zé Dantas, a toada "Adeus Gente", de Lúcio Alves e Osmar Campos e, de Dorival Caymmi, o samba "Lá Vem a Baiana" e um "Pot-Pourri de Romances". Iniciou também sua carreira internacional em 1954, fazendo grande sucesso no Uruguai. Em 1955, o samba-canção de sua autoria "Escuta", lançada por Isaurinha Garcia no auge de sua carreira e por Ângela Maria, consagrando-a como grande sucesso do ano. No ano seguinte, fez um show em Portugal no Teatro Municipal de Lisboa, sendo convidado para temporada no ano seguinte devido ao sucesso alcançado, sendo agraciado com a "Rosa de Ouro", dada pelo governo português a personalidades mundiais, além de eleito pela revista "Radiolândia" como o melhor cantor do ano. Em 1958, gravou um dos seus maiores sucessos, a música "Pisa Na Fulô", de João do Vale, Silveira Jr. e Ernesto Pires. Nesta época, lança o disco tema da postagem de hoje: "Para Ouvir Sorrindo", com doze músicas com a sua marca inconfundível de bom humor, com um tom romântico e uma musicalidade maravilhosa. Dentre as doze, merecem destaque as músicas "Idéias Erradas", de Dolores Duran e J. Ribamar, "Sete Mentiras", "Pé de Cana", "Baião de Roda", "Vem Comigo", "Não Bula Comigo" e "História de um Pronto", além das engraçadas "Banquete de Capim", "Forró de Beliscão" e " Receita de Mandar Mulher Embora". Um disco incrível, uma preciosidade da música de Ivon Curi que deve ser resgatada dos velhos e esquecidos baús da memória da música para ser ouvida, servir de inspiração e mostrar àqueles que não vêem na música brasileira a qualidade e a importância dos nomes já esquecidos da nossa música para a cultura e nossa música atual.

1 - Sete Mentiras
2 - Receita de Mandar Mulher Embora
3 - Vem Comigo
4 - História de um Pronto
5 - Não Bula Comigo
6 - Baião de Roda
7 - Forró de Beliscão
8 - Idéias Erradas
9 - Foi Num Trem
10 - Baião do Café
11 - Banquete de Capim
12 - Pé de Cana

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

2011 - Box "Estupido Cupido" - Celly Campello

Oi pessoal! Nesta sexta-feira, trago aqui no Blog um dos lançamentos mais importantes para a divulgação de nossa música brasileira deste ano de 2011. Trata-se de um Box especial, lançado pela gravadora "Discobertas", onde traz toda a discografia de Celly Campello pela gravadora Odeon nos anos 1950 e 1960. Composto por 6 cds, este box reproduz de forma fiel os long-plays lançados pela cantora ao longo de sua carreira nessa gravadora, compreendendo grandes sucessos, como "Estupido Cupido", "Broto Legal" e "Banho de Lua". Além das músicas remasterizadas a partir das matrizes originais, os cds apresentam capas e contra-capas idênticas aos discos originais, com fotos de outras versões destes discos, lançados ou relançados em outras épocas, além de fotos da própria cantora em participações em trabalhos de outros artistas, em seus momentos de vida pessoal e em publicações da imprensa da época. Com textos de Albert Pavão e idealizado por Marcelo Froés, este trabalho conta com preciosidades da música de Celly, lançadas em compactos e velhos 78 rpm ao lango de sua carreira, em faixa-bônus contidas nos cds do período.

Para aqueles que não conheceram a paulista Celly Campello, este trabalho traz de uma forma completa, fiel e de altíssima qualidade o melhor da carreira da menina prodígio que aos doze anos já tinha seu próprio programa de rádio na querida Taubaté e aos quinze já gravava seu primeiro disco em São Paulo, no lado B do primeiro disco do irmão Tony Campello, com a música "Handsome Boy". Um ano mais tarde, Celly alcança o sucesso absoluto com o lançamento da música "Estúpido Cupido" no disco lançado por ela no mesmo ano. No mesmo ano, estreou um programa de televisão próprio ao lado do irmão na Rede Record, com o nome: "Celly e Toni em Hi-Fi", estando no ar durante dois anos. E, daí pra frente, o sucesso de Celly só aumentou, até que em 1962 resolveu abandonar a carreira para se dedicar ao casamento com José Eduardo, seu namorado de infância. Embora tenha sido uma carreira aparentemente curta, sua história, sua importância e seu legado para a música brasileira são inquestionáveis, não só com relação às músicas e ao novo estilo musical introduzido por Celly Campello à música brasileira, como também pelo talento desta cantora que marcou de forma definitiva nossa história cultural brasileira. Fica aqui uma homenagem a essa cantora fora de série, com agradecimentos especiais à Agência Ideal por fazer com que esse material chegue aos ouvidos e corações de todos os amantes da nossa música e cultura brasileiras. Um presente de Natal que o Blog da Música Brasileira recomenda aos fãs, àqueles que admiram ou simplesmente têm curiosidade sobre a nossa eterna Celly Campello.

Abaixo, segue a lista com os cds e as músicas contida neste box:

CD 1 - 1959 - Estupido Cupido

1 - Estúpido Cupido
2 - The Secret
3 - Muito Jovem
4 - Túnel do Amor
5 - Handsome Boy
6 - Who's Sorry Now
7 - Broto Já Sabe Chorar
8 - Fale-Me Com Carinho
9 - Querido Cupido
10 - Tammy
11 - Melodie D'amour
12 - Lacinhos Côr-de-Rosa

Faixas-Bônus:
13 - Devotion
14 - O Céu Mudou de Cor

CD 2 - 1960 - Brôto Certinho

1 - Broto Certinho
2 - Billy
3 - To Know Him Is To Love Him
4 - Querida Mamãe
5 - Over The Rainbow
6 - Frankie
7 - Banho de Lua
8 - Os Mandamentos do Broto
9 - Para Mim e Você
10 - Broken Hearted Melody
11 - Não Tenho Namorado
12 - Grande Amor

CD 3 - 1960 - A Bonequinha Que Canta

1 - Mal-Me-Quer
2 - Eternamente
3 - Minha Jóia
5 - Broto Já Sabe Esquecer
6 - Esta Noite
7 - O Meu Amor Vai Passar
8 - Sempre
9 - Só Para Elisa
10 - Eu, Você e o Luar...
11 - Unchained Melody
12 - Jingle-Bell-Rock

Faixas-Bônus:
13 - Vi Mamãe Beijar Papai Noel
14 - Canário - com Tony Campello

CD 4 - 1961 - A Graça de Celly Campello e as Músicas de Paul Anka

1 - Gosto de Você, Meu Bem
2 - Hey Mama
3 - Não Me Deixe
4 - Meu Amor
5 - Isso É Amor
6 - Diz Que Me Amas
7 - Teddy
8 - É O Amor, Sim
9 - Trem do Amor
10 - Garota Solitária
11 - Isto É Adeus
12 - Diga, Querido

CD 5 - Brotinho Encantador

1 - Flamengo Rock
2 - O Jolly Joker
3 - Angel, Angel
4 - Hey Boys, How Do You Do
5 - A Lenda da Conchinha
6 - Little Devil
7 - Presidente dos Brotos
8 - Índio Sabido
9 - Juntinhos
10 - Ordens Demais
11 - Tchau, Baby, Tchau
12 - Runaway

CD 6 - Celly

1 - Hey! Ex-Amor
2 - Marquei Encontro Com Você Em Meus Sonhos
3 - Palavras
4 - Um Mundo Feliz
5 - O Amor É Azul
6 - Felicidade
7 - Bonnie e Clyde
8 - Perdoa
9 - No Outono
10 - Banho de Lua
11 - Meu Pranto a Deslizar
12 - Você Quem Quis Assim

Faixa-Bônus:
13 - Ao Meu Amor

domingo, 18 de dezembro de 2011

1965 - Rancho da Praça Onze - Dalva de Oliveira

Oi pessoal! Neste domingo de muito sol e céu azul, posto aqui no Blog mais um disco da nossa eterna e inesquecível Dalva de Oliveira. Sua carreira musical iniciou-se em 1937, quando ao conhecer Herivelto Martins e Nilo Chagas (que, juntos, faziam a dupla Preto e Branco), formou o Trio de Ouro. No mesmo ano, o Trio gravou seu primeiro disco junto à Odeon, com as músicas "Itaquari" e "Ceci e Peri", alcançando grande sucesso e várias apresentações nas rádios. Em 1938, o Trio de Ouro começou a utilizar seu nome em seus discos e apresentações de rádio, como também oficializou-se neste mesmo ano o casamento de Dalva e Herivelto. Na década de 1940, o Trio de Ouro alcançou enorme sucesso com as músicas "Praça XI" e "Ave Maria no Morro", além de atuar em filmes e integrar o elenco da Rádio Nacional. No início da década de 1950, Dalva e Herivelto se separaram definitivamente e a formação do Trio se desfez. Daí em diante, Dalva seguiu sua carreira individualmente, rapidamente conquistando o auge do sucesso e o público, que passou a admirá-la e segui-la por onde fosse. Tanto que em 1952, foi eleita Rainha do Rádio, e excursionando pela Argentina, conheceu seu futuro empresário e segundo marido, Tito Clement. Durante a década de 1950, Dalva lançou seus primeiros LP's, gravando inúmeros sucessos como "Olhos Verdes", "Ave Maria" e "Tudo Acabado", e participando de filmes nacionais. Nos anos 1960, o talento e o prestígio de Dalva continuaram sempre na voz do "rouxinol brasileiro", com sua voz linda e afinada. Em 1965, Dalva lançou um de seus discos mais conhecidos e mais bem recebidos pelo público e pela crítica, com o nome de um dos seus maiores sucessos de sua carreira: "Rancho da Praça Onze", de Chico Anísio e João Roberto Kelly. Neste disco, destacam-se ainda as músicas "Sonho de Pobre", de Tito Clement, "Hino ao Amor", de Edith Piaf e Monnot, "Que Sabes Tu", de Mitha Silva, "Fracasso", de Fernando César e Nazareno de Brito, "Samba Samba", de João Roberto Kelly, "Voltarei de Joelhos", de Ronnie Cord, Zambrini e Migliacci, "A Bahia Te Espera", de Chianca de Garcia e Herivelto Martins, "Ser Carioca", de Fernando César", e "Junto de Mim", de Alberto Ribeiro e José Maria de Abreu. Um dos melhores discos da carreira de Dalva, recheado de sucessos e músicas inesquecíveis na voz inebriante da "estrela Dalva", como diria Silvio Caldas em "As Pastorinhas". Um disco importante não só para a discografia de Dalva, mas também para a música brasileira, pelo repertório de alto nível e compositores já consagrados de nossa música.

3 - Voltarei de Joelhos
4 - Hoje
5 - Sonho de Pobre
6 - Samba Samba
7 - Que Sabes Tu
8 - Junto de Mim
9 - A Bahia Te Espera
10 - Fracasso
11 - Sempre Te Amarei
12 - Ser Carioca

sábado, 10 de dezembro de 2011

1966 - A Pedidos - Nelson Gonçalves

Oi pessoal! Neste sábado, depois de quase três semanas de ausência, posto aqui no Blog mais um disco de um dos maiores cantores da história de nossa música brasileira. Apesar de gago, Nelson Gonçalves se transformou nas décadas de 1940 e 1950 num dos maiores cantores brasileiros, ao lado de Francisco Alves, Orlando Silva, Mário Reis, Vicente Celestino, dentre outros. Gaúcho de Santana do Livramento, Nelson Gonçalves no início de sua carreira foi rechaçado de vários programas de calouros, inclusive no do próprio Ary Barroso, até que em 1941, grava seu primeiro disco, em 78 RPM, sendo muito bem recebido pelo público. Seus primeiros sucessos foram "Renúncia", "Caminhemos", "Carlos Gardel", "Maria Bethânia" e "A Volta do Boêmio", música esta que lhe deu o apelido de "Boêmio", tornando-se um dos maiores sucessos de sua carreira. Em 1958, Nelson teve sua carreira interrompida por seu envolvimento com drogas, retomando sua vida pessoal e artística, com o apoio de sua esposa, no final da década de 1960, reassumindo o seu prestígio, seus sucessos e seu reconhecimento do público. Assim, logo após a retomada em sua carreira, Nelson Gonçalves lança pela RCA, gravadora que o acolheu em toda a sua carreira, o disco tema da postagem de hoje, "A Pedidos", um ano antes de um dos discos mais conhecidos e mais lembrados de Nelson Gonçalves, "A Volta do Boêmio", lançado em 1967. Todavia, no LP tema da postagem de hoje, Nelson nos traz músicas do eterno sambista Noel Rosa, como "Palpite Infeliz", "Silêncio de um Minuto", "Feitiço da Vila" e "Último Desejo", do compositor "Herivelto Martins", como "Camisola do Dia", "Apogeu" e "Amigo", além das músicas de sua própria autoria, como "Redoma de Vidro", em parceria com Herivelto Martins, e "Nem Coberta de Ouro", juntamente com Antonio Elias. Também merecem destaque as músicas "Dolores Sierra"também de sua autoria, "Você É Que Pensa" e "Lençol de Linho". Um disco que, apesar de não ser muito conhecido, traz a marca inesquecível deste cantor fabuloso que é Nelson Gonçalves.

1 - Camisola do Dia
2 - Último Desejo
4 - Amigo
5 - Redoma de Vidro
6 - Palpite Infeliz
7 - Nem Coberta de Ouro
8 - Feitiço da Vila
9 - Lençol de Linho
10 - Apogeu
11 - Você É Que Pensa
12 - Silêncio de um Minuto