segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

1969 - Jair de Todos os Sambas

Oi pessoal! Nesta segunda-feira, trago aqui no Blog mais um disco do cantor Jair Rodrigues. Teve o início de sua carreira em 1957, cantando em casas noturnas do interior de São Paulo como crooner até que, alguns anos depois, passou a cantar na capital do estado, participando de programas de calouros, obtendo o primeiro lugar no "Programa de Cláudio de Luna" da Rádio Cultura. Em 1962, Jair Rodrigues lança seu primeiro disco, um velho bolachão de 78 rpm, com as músicas "Brasil Sensacional" e "Marechal da Vitória", ambas gravadas para a Copa do Mundo do Chile. Ainda no mesmo ano, lançou um compacto simples com as músicas "Balada do Homem sem Deus", de Fernando César e Agostinho dos Santos, e "Coincidência", de Venâncio e Corumbá. Um ano depois, Jair grava seu primeiro long-play, "O Samba Como Ele É" e, no ano seguinte, o disco "Vou de Samba Com Você", com a música "Deixa Isso Pra Lá", de Alberto paz e Edson Meneses, um dos maiores sucessos de 1964 e da carreira de Jair Rodrigues, caracterizada pelos gestos que o cantor fazia com as mãos quando a interpretava. Em 1965, foi convidado a substituir o compositor e violonista Baden Powell num show que seria realizado no Teatro Paramount, em São Paulo, ao lado de Elis Regina, que se tornaria sua parceira durante pouco mais de três anos, seja no comando do programa "O Fino da Bossa", apresentado pela Tv Record, de 1965 a 1967, e na vida pessoal, se tornando grandes amigos. Durante o "Fino da Bossa", Elis e Jair gravaram juntos 3 discos, ao vivo, alcançando grande sucesso com os Pot-Pourris de sambas e os sucessos que permearam este que foi um dos melhores e maiores programas musicais que a Tv Brasileira já apresentou. Em 1966, já consagrado no "Fino da Bossa", Jair lança um dos seus maiores sucessos, "Tristeza", de Niltinho e Haroldo Lobo, além de dividir o prêmio de 1º lugar do II Festival de Música Popular Brasileira, promovido pela Tv Record, com o jovem compositor Chico Buarque e a cantora Nara Leão. Jair, com "Disparada", de Geraldo Vandré e Théo de Barros, encantou o público com a temática do interior, do povo do sertão, enquanto Chico e Nara apresentavam a melodia leve e alegre de "A Banda", do próprio Chico. Ainda neste festival, Jair ganhou a "Viola de Prata" como o melhor intérprete e classificou em terceiro lugar a música "Canção para Maria", de Capinam e Paulinho da Viola, embora não seja muito lembrada hoje em dia ofuscada pelo sucesso de "Disparada". No ano seguinte, Jair grava o disco "Jair", onde grava outro grande sucesso de sua carreira, "Triste Madrugada", de Jorge Costa. Em 1968, participa do IV Festival de Música Popular Brasileira com a música "A Família", de Ary Toledo e Chico Anísio, conquistando o terceiro lugar, e da I Bienal do Samba, com a música"O Que Dá Pra Rir, Dá Pra Chorar", de Billy Blanco. No ano seguinte, Jair grava mais dois LPs, sendo que o primeiro deles, "Jair de Todos os Sambas" é o tema da postagem de hoje. E, como parte da maioria dos discos de Jair, fica difícil escolher quais as melhores músicas do disco. Contudo, neste disco merecem um maior destaque as músicas "Bahia de Todos os Deuses", "Pra Que Dinheiro", "Bloco de Sujo / Levanta a Cabeça / Avenida Iluminada", "Leva Meu Samba", "Casa de Bamba", "O Conde", "Em Nome da Lua, da Mulata e do Samba, Amém", "Olelê, Cheguei Agora" e "Na Brincadeira do Mundo". Um disco que mostra o melhor de Jair, em músicas que levam a alegria e a interpretação singular deste paulista que sabe encantar a todos com seu jeito simples, sua brincadeiras e seus sambas que se tornaram símbolos da nossa música popular brasileira.

1 - Bahia de Todos os Deuses
2 - Bloco de Sujo / Levanta a Cabeça / Avenida Iluminada
3 - Enxuga a Tristeza do Olhar
4 - Em Nome da Lua, da Mulata e do Samba, Amém
5 - Casa de Bamba
6 - Vê Que Luar
7 - Pra Que Dinheiro
8 - O Conde
9 - Na Brincadeira do Mundo
10 - Feiticeira
11 - Olelê, Cheguei Agora
12 - Quem Entrar na Roda É Rei
13 - Leva Meu Samba

Nenhum comentário:

Postar um comentário