domingo, 10 de junho de 2012

1978 - Álibi - Maria Bethânia

Oi pessoal! Neste domingo, posto aqui no Blog mais um disco da baiana da Santo Amaro da Purificação, Maria Bethânia. Dona de um talento sem igual, uma voz marcante e interpretações que se tornaram marcas da música brasileira, Maria Bethânia surgiu no cenário musical em 1963, atuando na peça "Boca de Ouro", de autoria de Nelson Rodrigues e músicas do irmão, Caetano Veloso. Conheceu nesta época em Salvador nomes como Tom Zé, Gal Costa e Gilberto Gil, com quem se apresentou nas comemorações da Inauguração do Teatro Vila Velha no ano seguinte, nos shows "Nós, Por Exemplo" e "Nova Bossa Velha, Velha Bossa Nova". Ainda em 1964, apresentou seu primeiro show solo, "Mora Na Filosofia", onde conheceu Nara Leão que a convidou, no ano seguinte, para substituí-la na peça "Opinião", encenada no teatro Opinião, no Rio, com direção musical de Danilo Caymmi e direção geral de Augusto Boal. Dividindo o palco com Zé Ketti e João do Vale, Maria Bethânia alcançou o primeiro grande sucesso na interpretação marcante, profunda, linda, de "Carcará", alcançando reconhecimento nacional. Seu primeiro disco, gravado ainda em 1965, foi um compacto com as músicas "Carcará" e "É de Manhã", seguido pelo lançamento de dois compactos duplos, sendo um deles em homenagem a Noel Rosa ("Maria Bethânia Canta Noel Rosa"), e seu primeiro LP, "Maria Bethânia". No ano seguinte, assinou um contrato de seis meses com a Tv Record, dividindo nesse mesmo ano o palco do Teatro Opinião com Vinicius de Moraes e Gilberto Gil, no espetáculo "Pois É", com roteiro de Capinam, Torquato Neto e Caetano Veloso. No I Festival Internacional da Canção, realizado pela Tv Globo em 1966, Maria Bethânia defendeu a canção de Gilberto Gil e Caetano Veloso, "Beira-Mar", não se classificando entre as finalistas. Nos anos que se seguiram, Maria Bethânia se apresentou em diversos shows, lançando alguns discos de grande destaque, como os LP's "Edu & Bethânia" (1967), "Maria Bethânia" e "Maria Bethânia ao Vivo" (1968), "En La Fusa", gravado ao vivo ao lado de Toquinho e Vinicius na Boate La Fusa, Argentina, "A Tua Presença" e "Rosa dos Ventos" (1971). Em 1972, participou do filme "Quando o Carnaval Chegar", ao lado de Chico Buarque e Nara Leão, continuando durante os anos seguintes a realizar shows e gravar discos históricos, como "Chico Buarque e Maria Bethânia" (1975), "Doces Bárbaros", ao vivo, e "Pássaro Proibido" (1976), até chegar no disco tema da postagem de hoje, "Álibi", de 1978. Pra mim, um dos melhores discos de estúdio de Maria Bethânia, com verdadeiras obras-primas de sua interpretação, como "Álibi", de Djavan, "Ronda", de Paulo Vanzolini, "Negue", de Enzo de Almeida Passos e Adelino Moreira, sucesso de Nelson Gonçalves, e "Diamante Verdadeiro", de Caetano Veloso, além de "O Meu Amor", com a participação de Alcione, "Sonho Meu", com Gal Costa, e a interpretação incrível e emocionada de "Cálice", de Chico Buarque. O primeiro disco da carreira da cantora a alcançar 1 milhão de cópias vendidas, mostrando a importância e o reconhecimento do trabalho pelo público, num disco que mostra o talento de Maria Bethânia em sua jóia "Álibi".

1 - Diamante Verdadeiro
2 - Álibi
3 - O Meu Amor - com Alcione
4 - A Voz de Uma Pessoa Vitoriosa
5 - Ronda
6 - Explode Coração
7 - Negue
8 - Sonho Meu - com Gal Costa
9 - De Todas as Meneiras
10 - Cálice
11 - Interior

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