quinta-feira, 25 de julho de 2013

1970 - Miltinho e a Seresta

Oi pessoal! Depois de mais de dois meses de ausência, retomo as postagens no Blog da Música Brasileira, trazendo ao público curiosidades, histórias, grandes sucessos e nomes que marcaram a história de nossa música. E, como primeira postagem deste mês de julho, o blog homenageia o cantor  carioca Miltinho, um dos grandes nomes da música brasileira, embora hoje esteja esquecido pelo público e pela mídia em geral. Dono de uma voz belíssima e um talento sem igual, Miltinho iniciou sua carreira ainda na década de 1940, participando de diversos grupos musicais, como Cancioneiros do Luar, Anjos do Inferno, Namorados da Lua e Quatro Ases e Um Curinga. Durante a década de 1950, Miltinho foi crooner da Orquestra Tabajara, de Severino Araújo, e do grupo Milionários do Ritmo, de Djalma Ferreira, até que em 1960, decidiu seguir carreira solo, lançando o disco "Um Novo Astro", pelo selo Sideral, alcançando grande sucesso, especialmente com o lançamento de "Mulher de Trinta", de Luiz Antônio, uma das principais músicas de seu extenso repertório. Ainda neste ano, lançou o disco "O Diploma do Astro", que trazia o sucesso de "Não Emplaca 61", de Ari Monteiro e Monsueto. Em 1961, Miltinho se transfere para a RGE, onde grava no ano seguinte a música "Palhaçada", de Luiz Reis e Haroldo Barbosa, tornando-se outra música marcante em sua carreira. De 1961 a 1965, período em que gravou pela RGE, Miltinho lançou mais de 12 discos (dentre eles, seu primeiro disco gravado ao vivo), e inúmeros sucessos, como "Estou Só", "Canção do Nosso Amor" e "Lembranças", ambas de Benil Santos e Raul Sampaio, "Mulata Assanhada", de Ataulfo Alves, "Zé da Conceição", de João Roberto Kelly, "Poema do Olhar", de Evaldo Gouveia e Jair Amorim, dentre outros. Em 1966, transferiu-se para a Odeon, gravando nos anos seguintes três discos de enorme sucesso com a cantora Elza Soares, da série "Elza, Miltinho & Samba". Durante o período em que esteve na gravadora Odeon, Miltinho lançou o disco "Miltinho e a Seresta", tema da postagem de hoje, onde merecem destaque as músicas "No Rancho Fundo", "Malandrinha" (um dos grandes sucessos de Francisco Alves), "Três Apitos" (um dos grandes sucessos de Aracy de Almeida), "Deusa da Minha Rua" (um dos grandes sucessos de Silvio Caldas), "Foi Ela", "Queixumes", "Arranha-Céu" e "Modinha". Um disco fantástico, que mostra o talento de Miltinho na interpretação de serestas inesquecíveis de nossa música brasileira.

1 - No Rancho Fundo (Ary Barroso / Lamartine Babo)
2 - Malandrinha (Freire Júnior)
3 - Queixumes (Henrique Brito / Noel Rosa)
4 - Três Apitos (Noel Rosa)
5 - Deusa da Minha Rua (Jorge Faraj / Newton Mendonça)
6 - Se Tu Soubesses (George Moran / Cristóvão de Alencar)
7 - Última Inspiração (Peterpan)
8 - Foi Ela (Ary Barroso)
9 - Modinha (Sergio Bittencourt)
10 - Arranha-Céu (Silvio Caldas / Orestes Barbosa)
11 - Boneca (Aldo Cabral / Benedito Lacerda)
12 - Quem Há de Dizer (Alcides Gonçalves / Lupicínio Rodrigues)