quinta-feira, 4 de junho de 2015

1964 - Claudette É Dona da Bossa

Oi pessoal! Nesta quinta-feira, feriado de Corpus Christi, trago aqui no Blog o primeiro disco solo da carreira da carioca Claudette Soares. Dona de uma voz doce e de um imenso talento musical, Claudette Soares iniciou sua carreira ainda criança, revelada no programa "A Raia Miúda" de Renato Murce pela Rádio Nacional, além de se apresentar nos programas "Clube do Guri", comandado por Silveira Lima na Rádio Mauá e no programa "Papel Carbono", também apresentado por Renato Murce na Nacional. Já na década de 1950, participou do programa "Salve O Baião!", na Rádio Tupi, conhecendo o Rei do Baião, Luiz Gonzaga, que a apelidou de "a Princesinha do Baião". No final dessa década, foi convidada pela cantora Sylvia Telles para substituí-la como crooner na boate Plaza, onde dividiu o palco com os músicos Luiz Eça, Baden Powell, João Donato, Milton Banana, entre outros. Em 1960, foi convidada por Ronaldo Bôscoli para participar do show "A Noite do Amor, do Sorriso e da Flor", realizado na antiga Faculdade de Arquitetura do Rio de Janeiro, com o objetivo de divulgar as músicas do movimento Bossa Nova, que aumentava cada vez mais. Participou ainda neste mesmo ano do programa "Brasil 60", da Tv Excelsior e comandado pela atriz Bibi Ferreira. No início dos anos 1960, começou a divulgar a Bossa Nova em bares e casas noturnas de São Paulo, como "Baiúca", "Cambridge", "Juão Sebastião Bar" e "Ela, Cravo e Canela", inaugurando esta última com o espetáculo "Um show de show", ao lado do músico Pedrinho Mattar. Finalmente, em 1964, foi convidada pela gravadora Mocambo a gravar seu primeiro LP solo, tema da postagem de hoje, com destaque para as músicas "Garota De Ipanema", "Samba Do Avião", "Ah! Se Eu Pudesse", "Pra Que Chorar", "Samba Só" e "Evolução". Apesar de ser o disco de estréia de Claudette, este LP nos traz um repertório Bossa Nova bem selecionado, rico, passando por Tom Jobim, Vinicius de Moraes, Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli, precursores do movimento, além de Baden Powell, Tereza Souza, Walter Santos e Silvio César, compositores que se destacaram como pioneiros na MPB, movimento que em 1964 começava a tomar forma e que viria a ganhar força com os festivais de música promovidos pelas grandes emissoras de Tv do país nos anos seguintes. Além desta importância histórica musical, temos a interpretação de Claudette, com sua voz doce, suave, mas que transmite toda a energia e o talento de uma cantora que ainda tem muito a mostrar ao seu público. Por tudo isso, e selado pela Mocambo, é que Claudette Soares se faz "dona da Bossa" e de uma carreira de mais de 50 anos de muito sucesso.

01 – Pra Que Chorar (Vinicius de Moraes / Baden Powell)
02 – Azul Contente (Tereza Souza / Walter Santos)
03 – Samba Do Avião (Tom Jobim)
04 – Sem Você (Tom Jobim / Vinicius de Moraes)
05 – Ah! Se Eu Pudesse (Roberto Menescal / Ronaldo Bôscoli)
06 – Tristeza De Nós Dois (Durval Ferreira / Bebeto / Maurício Einhorn)
07 – Garota De Ipanema (Tom Jobim / Vinicius de Moraes)
08 – Samba Só (Walter Santos / Tereza Souza)
09 – Crediário Do Amor (Theo de Barros)
10 – Bossa Na Praia (Pery Ribeiro / Geraldo Cunha)
11 – Evolução (Pery Ribeiro / Geraldo Cunha)
12 – Conselho A Quem Quiser Voltar (Silvio César)

domingo, 5 de abril de 2015

1971 - Jesus Cristo - Claudia

Oi pessoal! Feliz Páscoa a todos vocês! Neste dia tão especial, escolhi para postar o disco "Jesus Cristo" (tema que tem tudo a ver com o dia de hoje), gravado pela cantora carioca Claudia. Sua carreira teve início aos oito anos de idade, cantando num programa de calouros na Rádio Sociedade, em Juiz de Fora (MG). Aos 13 anos, já cantava como crooner de um conjunto, denominado Meia-Noite, que se apresentava em bailes e festas em sua cidade. Em 1965, iniciou sua carreira profissional ao participar do programa "O Fino da Bossa", comandado por Elis Regina e Jair Rodrigues na Tv Record. Contudo, devido às críticas da época, as quais diziam que a "novata" Claudia era tão boa quanto Elis, o relacionamento delas "azedou" e a Claudia foi banida do programa. Neste mesmo ano, foi agraciada com o prêmio Roquette Pinto como cantora revelação e, em seguida, foi convidada pelo saxofonista japonês Sadao Watanabe a fazer uma excursão pelo Japão, cantando em hotéis, boates, clubes e teatros durante seis meses, a qual lhe rendeu o primeiro disco, com uma tiragem de 200 mil cópias. Ainda no mesmo ano, retorna ao Brasil, gravando pela RGE um compacto com as músicas "Deixa O Morro Cantar" (Tito Madi) e "Sorri", de Zé Ketti e Élton Medeiros. No ano seguinte, classifica em 3º lugar no II Festival Nacional de Música Popular Brasileira, realizado pela Tv Excelsior, a música "Chora Céu" (Luis Roberto / Adilson Godoy), sendo esta gravada em compacto (também pela RGE), juntamente com a canção "Mensagem" (Adilson Godoy). Em 1967, grava seu primeiro LP "Claudia", com destaque para as músicas "Vento de Maio" (Gilbero Gil / Torquato Neto), "Chora, Céu", "Amanhã Ninguém Sabe" (Chico Buarque), "Canção de Não Cantar" (Sergio Bittencourt) - esta defendida pelo grupo MPB-4 no II Festival de MPB, promovido pela Tv Record neste mesmo ano, alcançando o 4º lugar - e "Não Se Aprende Na Escola" (Haroldo Barbosa), alcançando boa repercussão na crítica e no público. Após um ano excursionando pela Europa e retornar ao Brasil, Claudia participa do I Festival Fluminense da Canção, realizado em Niterói, com a música "Razão de Paz para Não Cantar" (Eduardo lage / Alézio Barros), obtendo o 1º lugar. Em seguida, se inscreve no IV Festival Internacional da Canção, promovido pela Tv Globo em 1969, classificando a música "Razão de Paz para Não Cantar" em 4º lugar na fase nacional do festival e conquistando o prêmio de melhor intérprete. No ano seguinte, representou o Brasil no XI Festival da Canção (México), trazendo consigo quatro medalhas de ouro, inclusive a de melhor intérprete. Em 1971, lança seu terceiro LP, "Jesus Cristo" pela gravadora Odeon, tema da postagem de hoje,com destaque para as músicas "Jesus Cristo" (música que dá título ao disco), "Com Mais de 30", "Mudei De Idéia", "Mais Que Perfeito", "A Voz do Violão", "Frente Fria", e "Ossain". Este disco nos traz uma cantora já amadurecida, com mais de cinco anos de carreira, já conhecida do público, com a imagem desvinculada à de Elis (adquirida no início de sua carreira) e que traz uma interpretação firme, com voz clara e decidida, marca de sua música e reflexo de seu talento musical. Um disco completo, de rico repertório, que nos traz em onze canções o melhor da cantora Claudia, em disco até então.

1 - Jesus Cristo (Roberto Carlos / Erasmo Carlos)
2 - Amigo (Fred Falcão / Arnoldo Medeiros)
3 - Ossain (Antonio Carlos Pinto / Jocafi / Ildásio Tavares)
4 - Frente Fria (Marcos Valle / Paulo Sérgio Valle)
5 - Seresta No Castelinho (Klécius Caldas / Sandra Barreto)
6 - Mudei De Idéia (Antonio Carlos Pinto / Jocafi)
7 - Mais Que Perfeito (Abílio Manoel)
8 - Moeda, Reza e Cor (Dom Salvador / Marcos Versiani)
9 - Baobá (Mário Albanese / Ciro Pereira)
10 - A Voz do Violão (Francisco Alves / Horácio Campos)
11 - Com Mais de 30 (Marcos Valle / Paulo Sérgio Valle)

quarta-feira, 11 de março de 2015

1958 - Vamos Falar de Brasil - Inezita Barroso

Oi pessoal! É com eterna saudade que faço aqui no Blog uma singela homenagem à cantora Inezita Barroso, que nos deixou no último dia 8 de março, e que fez da música caipira sua vida, seja em suas músicas ou em entrevistas no lendário "Viola, Minha Viola", programa que apresentou por quase 35 anos na Tv Cultura nos domingos de manhã. Sua carreira teve início aos nove anos de idade, levada pelo pai a se apresentar na Rádio São Paulo no programa do Capitão Furtado. Nos anos seguintes, continuou a se apresentar esporadicamente em programas de rádio, cantando, tocando ou como professora de música. Em 1950, após participar como atriz do filme "Angela", de Tom Payne e Abílio Pereira de Almeida (cantando as músicas "Quem É", de Marcelo Tupinambá, e "Enquanto Houver", de Evaldo Ruy), foi convidada por Vicente Leporace e Evaldo Ruy para participar de um especial na Rádio Bandeirantes, em homenagem ao compositor Noel Rosa. Em 1951, Inezita foi convidada a gravar seu primeiro disco pela Sinter, com as músicas "Funeral De Um Rei Nagô", de Hekel Tavares e Murilo Araújo, e "Curupira", de Waldemar Henrique. Em seguida, viajou com o marido para o nordeste brasileiro, onde conheceu o compositor Capiba, que a convidou para realizar um recital no teatro Santa Izabel, em Recife. No ano seguinte, Inezita assina contrato com a Rádio Nacional de São Paulo, participando da inauguração da emissora. Um ano mais tarde, muda-se para a Rádio Record, apresentando pela primeira vez um programa de auditório, com arranjos de Hervê Cordovil, além de ingressar na gravadora RCA Victor. Ainda em 1953, gravou três discos pela nova gravadora, com destaque para a gravação de dois dos maiores sucessos da carreira de Inezita, "Marvada Pinga", de Cunha Jr., e "Ronda", de Paulo Vanzolini, além de participar do filme "Mulher de Verdade", de Alberto Cavalcanti, ganhando após o lançamento deste o Prêmio Saci de melhor atriz. Em 1954, gravou mais quatro discos pela RCA Victor, além de conquistar os prêmios Roquette Pinto (melhor cantora de rádio de música popular brasileira) e Guarani (melhor cantora de disco), participar do filme "É Proibido Beijar", de Ugo Lombardi (interpretando o baião "João Baiano", de Betinho), e de fazer sua estréia na televisão participando do programa "Afro" pela Tv Tupi. A partir deste mesmo ano, passou a apresentar o programa "Vamos Falar de Brasil" na Tv Record, considerado o primeiro programa totalmente dedicado à música da Tv brasileira. No ano seguinte, Inezita gravou diversas músicas com temas relacionados ao folclore brasileiro, ingressando na gravadora Copacabana ainda em 1955 e lançando seu primeiro LP, "Inezita Barroso". Em 1956, lançou o disco "Danças Gaúchas", dedicado a temas tradicionais gaúchos, acompanhada pelo grupo folclórico de Barbosa Lessa, por Luis Gaúcho na sanfona e pelos Titulares do Ritmo no coral, além do LP "Vamos Falar de Brasil", o qual trouxe o clássico "Tristeza do Jeca" (Angelino Oliveira) na interpretação antológica de Inezita. Neste mesmo ano, a gravadora RCA Victor lançou o LP "Coisas do Meu Brasil", com uma coletânea de antigas gravações de Inezita, como "Estatutos da Gafieira" (Billy Blanco) e "Moda da Pinga", entre outras. Também neste ano levou o Prêmio Roquette Pinto como a melhor intérprete de música popular, além de publicar o livro "Roteiros de Um Violão". No ano seguinte, Inezita excursionou pelo Brasil, aumentando seu repertório com novos temas folclóricos ao percorrer o nordeste brasileiro, além de ganhar mais uma vez o troféu Roquette Pinto e o Prêmio Guarani. Finalmente, em 1958, é lançado pela Copacabana o disco que é tema da postagem de hoje. Além de trazer o sucesso de "Moda da Pinga", o disco trás ainda os sucessos de "Lampião de Gás" e "Azulão", dois dos maiores sucessos da carreira da cantora, além de. Este disco, lançado numa das melhores fases da carreira da cantora Inezita, nos mostra o talento de uma intérprete que imprime às suas canções a força da música popular, como em "Peixe Vivo", "Festa do Congado", "Engenho Novo" e "Lua, Luá". Um disco fantástico, que nos fala de um Brasil simples, um pouco esquecido nos dias de hoje, que nos é lembrado e cantado na voz da nossa eterna dama da música caipira, aqui reverenciada e homenageada, para sempre, Inezita Barroso.

1 - Retiradas (Oswaldo de Souza)
2 - Peixe Vivo (Rômulo Paes / Henrique de Almeida)
3 - Engenho Novo (Hekel Tavares)
4 - Zabumba de Nego (Hervê Cordovil)
5 - Lampião de Gás (Zica Bergami)
6 - Ismália (Alphonsus de Guimarães / Capiba)
7 - Festa do Congado (Juracy Silveira)
8 - Temporal (Paulo Ruschel)
9 - Lua, Luá (Catulo de Paula)
10 - Azulão (Jayme Ovalle / Manoel Bandeira)
11 - Seresta (Georgina Erismann)
12 - Moda da Pinga (Laureano / Raul Torres)

domingo, 22 de fevereiro de 2015

1957 - Carnaval de Rua - Herivelto Martins

Oi pessoal! Depois de mais de 2 meses de ausência, segue uma preciosidade de nossa música brasileira, nos apresentada pelo grande e saudoso compositor de "Aquarela do Brasil", Ary Barroso: "Carnaval de Rua". Gravado em homenagem aos 25 anos de carreira de Herivelto Martins pela Mocambo, este disco nos traz alguns dos principais sucessos da carreira de Herivelto até então. Incentivado pelo compositor carioca Príncipe Pretinho, Herivelto iniciou sua carreira musical participando de ensaios e, posteriormente, integrando como arranjador do Conjunto Tupi. Sua primeira composição, "Da Cor do Meu Violão", foi apresentada ao músico J. B. de Carvalho (um dos criadores do Conjunto Tupi), o qual aceitou que fosse gravado para o carnaval de 1932, desde que fosse seu parceiro na canção. No ano seguinte, participou no coro e de algumas gravações do Conjunto Tupi, até que no final deste ano se separou do conjunto com o músico Francisco Sena, formando a dupla Preto e Branco, que viria a substituir o conjunto nas apresentações no Cine Odeon, na Cinédia. Em 1934, com Francisco de Sena grava o primeiro disco da dupla preto e branco pela Odeon, com os sambas "Quatro Horas" e "Preto e Branco", ambos de sua autoria. Ainda neste ano, foram gravadas em disco algumas canções da dupla, com destaque para "A Vida É Boa" (Herivelto Martins / Francisco Sena / Assis Valente), gravada por Carlos Galhardo, e "Mais Uma Estrela" (Herivelto Martins / Bonfíglio de Oliveira), gravada por Mário Reis. No ano seguinte, mais algumas músicas suas foram gravadas por cantores de destaque, como Aracy de Almeida ("Pedindo A São João", com Darcy de Oliveira, e "Santo Antônio, São Pedro e São João", com Alcebíades Barcelos), Silvio Caldas ("Samaritana", com Benedito Lacerda) e Carlos Galhardo ("É de Verdade", com Bonfíglio de Oliveira) e, repentinamente, com a morte de Francisco Sena, a dupla se desfez. No ano seguinte, Herivelto conhece Nilo Chagas, com quem recria a dupla Preto e Branco e que retoma a carreira de sucesso que estava iniciando. Em 1937, numa das apresentações da dupla no Teatro Pátria, conheceu Dalva de Oliveira, que se tornaria a grande intérprete da dupla, formando assim o famoso Trio de Ouro, e futuramente, sua esposa. Já no primeiro disco gravado pela RCA Victor do então Trio de Ouro, com as músicas "Itaquari" e "Ceci e Peri" (composições de Príncipe Pretinho) fizeram grande sucesso, sendo contratados pela Rádio Mayrink Veiga. Nos anos seguintes, o trio continuou se apresentando pelo país e pelo rádio, emplacando sucessos e gravando discos, com destaque para "Praça Onze" (escrita por Herivelto a pedido de Grande Otelo, sobre a demolição da antiga Praça XI para dar lugar à atual Avenida Presidente Vargas), um dos grandes do carnaval de 1941, "Ave-Maria No Morro", gravada originalmente em 1942 e que se transformou num dos maiores sucessos do compositor, "Lá Em Mangueira" (com Heitor dos Prazeres), "Mangueira, Não" (com Grande Otelo), "Laurindo", todos os três de 1943, além de "Que Rei Sou Eu?" (com Waldemar Ressurreição), de 1944, "Isaura" (com Roberto Roberti), de 1945, "Edredom Vermelho" (gravado com grande sucesso por Isaura Garcia) e "Fala, Claudionor" (com Grande Otelo), ambas de 1946, "Segredo" (com Marino Pinto), "Senhor do Bonfim" e "Caminhemos", todas as três de 1947.Esta última, sendo considerada um prenúncio à separação de Dalva e Herivelto e o fim do Trio de Ouro com a formação original. No ano seguinte, veio o último sucesso do Trio de Ouro, com a música "Cabelos Brancos" (em parceria com Marino Pinto), imortalizada nas vozes de Silvio Caldas, Nelson Gonçalves e 4 Ases e 1 Curinga. No ano seguinte, Dalva e Herivelto se separam e a história da separação do casal vira drama nos jornais, contada pelo marido em detalhes, tornando-se escândalo nacional. Depois deste episódio, o prestígio de Herivelto é diminuído e Dalva de Oliveira torna-se uma das maiores cantoras que este país já viu e ouviu, seguindo carreira solo e respondendo às acusações de Herivelto em lindas canções e grandes sucessos. Mesmo com o relançamento do Trio de Ouro, com Nilo Chagas e Noemi Cavalcanti, o sucesso do grupo não continuou como na primeira formação, porém ainda continuaram os sucessos, como "Ouro Preto" e "Camisola do Dia", ambos com David Nasser, sendo este último lançado por Nelson Gonçalves em 1952. No ano seguinte, veio a terceira formação do Trio de Ouro, com Raul Sampaio e Lourdinha Bittencourt, com o sucesso de "Negro Telefone", além das canções "Pensando Em Ti", "Francisco Alves" e "Carlos Gardel", todas com David Nasser, e que foram lançadas com grande sucesso por Nelson Gonçalves. Em 1955, veio o sucesso "Hoje Quem Paga Sou Eu", também com David Nasser e lançado por Nelson, além de "João, João", gravado pelo trio e "Boêmio", lançado por Francisco Carlos. Em 1957, em homenagem aos 25 anos de sua carreira, é lançado pela Mocambo o disco tema da postagem de hoje. Apesar do pouco prestígio do Trio de Ouro na época, Herivelto ainda lançava músicas de grande sucesso, nas vozes dos mais famosos cantores da época e, por sua história e importância para a música brasileira, esta homenagem foi idealizada e gravada pela orquestra da Mocambo, trazendo oito sambas que expressam toda a originalidade de Herivelto em suas letras leves, simples e musicais, cantando um Rio de Janeiro do tempo dos saudosos e velhos carnavais. Um disco importante, de um belíssimo repertório, homenageando os 25 anos de um de nossos maiores compositores brasileiros.       

1 - Apresentação De Ary Barroso
2 - Saudosa Mangueira (Herivelto Martins)
3 - Lá Em Mangueira (Herivelto Martins / Heitor dos Prazeres)
4 - Laurindo (Herivelto Martins)
5 - Mangueira, Não (Herivelto Martins / Grande Otelo)
6 - Acorda Escola De Samba (Herivelto Martins / Benedito Lacerda)
7 - Praça Onze (Herivelto Martins / Grande Otelo)
8 - Noite Enluarada (Herivelto Martins / Heitor dos Prazeres)
9 - Bom Dia Avenida (Herivelto Martins / Grande Otelo)