segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

1969 - Jorge Ben

Oi pessoal! Nesta segunda-feira, trago aqui no Blog mais um disco do carioca Jorge Duílio Lima Menezes, também conhecido nacional e internacionalmente como Jorge Ben. Compositor, violonista e cantor de enorme sucesso, Jorge iniciou sua carreira no início dos anos 1960 como pandeirista do conjunto Copa Trio, se apresentando no famoso Beco das Garrafas, no Rio de Janeiro, na casa noturna Little Club. Ainda no Beco, se apresentou como cantor e violonista no Bottle's, apresentando pela primeira vez suas próprias composições. Em 1963, voltou a se apresentar no Bottle's acompanhado pelo Copa Cinco e, a convite do organista Zé Maria, participou como crooner de duas de suas músicas ("Por Causa de Você, Menina" e "Mas Que Nada") no LP  "É Tudo Azul", do próprio organista. Ainda neste ano, foi contratado pela Philips para gravar um disco com as suas duas músicas já gravadas, com o acompanhamento do conjunto Copa Cinco, e que, com o sucesso do disco, impulsionou a gravadora a produzir o primeiro LP de Jorge Ben, "Samba Esquema Novo", o qual atingiu mais de 100 mil cópias vendidas na época. Em 1964, lança pela Philips mais dois LP's, "Sacudin Ben Samba" e "Ben É Samba Bom" e em 1965, após excursionar pelos Estados Unidos, tem duas de suas músicas gravadas por lá por Sergio Mendes ("Mas Que Nada" e "Chove, Chuva"), alcançando as paradas de sucesso norte-americanas. Ao voltar ao Brasil, participou inúmeras vezes dos programas de mais audiência da Tv na época, "O Fino da Bossa" e "Jovem Guarda", além de lançar o disco "Big Ben" ainda em 1965. Dois anos mais tarde, lança o disco "O Bidú - Silêncio no Brooklyn", pela gravadora Rozenblit, acompanhado pelo grupo The Fevers. Em 1969, participou do IV Festival Internacional da Canção, promovido pela Tv Globo, defendendo a música "Charles, Anjo 45", uma das 11 músicas do seu LP lançado neste mesmo ano ("Jorge Ben"), o qual é tema da postagem de hoje. Com 11 composições do próprio Jorge Ben, este disco lançado pela Philips traz uma capa belíssima (arte de Albery), além de lançar novamente Jorge Ben nas paradas de sucesso, com "País Tropical", "Crioula", "Cadê Tereza", "Charles, Anjo 45", além de "Bebete Vaõbora", "Take It Easy My Brother Charles" e "Que Pena" como destaques. Um disco sensacional, que até hoje é considerado como um dos melhores da carreira de Jorge Ben, que traz seu suingue inconfundível e os sucessos que até hoje marcam Jorge Ben como um dos principais ícones de nossa música brasileira. E após conhecer este disco, tem-se a certeza de que não é por acaso.  

01 - Crioula (Jorge Ben)
02 - Domingas (Jorge Ben)
03 - Cadê Tereza (Jorge Ben)
04 - Barbarella (Jorge Ben)
05 - País Tropical (Jorge Ben)
06 - Take It Easy My Brother Charles (Jorge Ben)
07 - Descobri Que Eu Sou Um Anjo (Jorge Ben)
08 - Bebete Vãobora (Jorge Ben)
09 - Quem Foi Que Roubou A Sopeira de Porcelana Chinesa Que A Vovó Ganhou da Baronesa (Jorge Ben)
10 - Que Pena (Jorge Ben)
11 - Charles, Anjo 45 (Jorge Ben)

sábado, 2 de janeiro de 2016

1969 - Alegria, Alegria - Vol. 3 - Wilson Simonal

Oi pessoal! Neste primeiro sábado do ano (aliás, feliz 2016!), depois de alguns meses longe das postagens, trago aqui no Blog mais um disco do carioca Wilson Simonal. Dono de um suingue e um estilo característico, Simonal iniciou sua carreira no final da década de 50 cantando como crooner de grupos e orquestras, cantando rocks e calypsos em bares e boates cariocas da época. Em 1961, convidado por Carlos Imperial, participou do programa "Os Brotos Comandam", na Tv Continental, de onde surgiu o convite da gravadora Odeon para gravar seu primeiro disco, com as músicas "Biquínis e Borboletas" (Britinho / Fernando César) e "Terezinha" (Carlos Imperial). Apostando em seu sucesso, a dupla Mieli & Bôscoli o levou para se apresentar no famoso "Beco das Garrafas".Dois anos mais tarde, pela própria Odeon, Simonal lança seu primeiro LP, "Tem Algo Mais", alcançando grande sucesso com a música "Balanço Zona Sul" (Tito Madi). Em julho de 1964, lança seu segundo sucesso com "Nanã" (Moacir Santos / Mario Telles), num compacto que continha ainda a música já consagrada por João Gilberto, "Lobo Bobo" (Carlos Lyra / Ronaldo Bôscoli), abrindo as portas da Odeon para a gravação de seu segundo LP, "A Nova Dimensão do Samba". No final de 1964, excursionou pela América do Sul, juntamente com o Bossa Três e a dançarina Marly Tavares, se apresentando no primeiro show fora do Beco organizado por Mieli e Bôscoli, "Quem Tem Bossa Vai à Rosa". No início de 1965, é contratado pela Tv Tupi para apresentar o programa "Spotlight", levando ao público suas músicas com um toque mais sofisticado, se aproximando do jazz americano da época. Neste ano, tem um intenso lançamento de novos discos, com o LP "Wilson Simonal" em março, dois compactos e o LP "S'imbora" no final do ano. Em 1966, Simonal fecha contrato com a Tv Record, participando como convidado fixo dos programas "O Fino da Bossa", apresentado por Elis e Jair, e "Jovem Guarda", apresentado pelos músicos do movimento. No primeiro semestre, lança mais dois compactos, com destaque para a música "Mamãe Passou Açúcar em Mim" (Carlos Imperial), que se tornou um dos maiores sucessos da carreira de Simonal. Em novembro, Simonal lança mais um LP, "...Vou Deixar Cair", destacando além do sucesso do compacto, "Carango" (Nonato Buzar / Carlos Imperial) e "Meu Limão, Meu Limoeiro" (Tradicional). E ainda neste mesmo ano, estreia na Tv Record o programa "Show em Si...Monal", o qual renderia um LP duplo, gravado ao vivo no Teatro Record, em 1967. Em 1967, gravou mais alguns compactos, com destaque para "Tributo a Martin Luther King" (Wilson Simonal / Ronaldo Bôscoli), música que acabou sendo fichada pela censura, lançada apenas 3 meses depois e que alcançou o 1º lugar do IBOPE. Ainda no final do ano, lança seu LP "Alegria, Alegria!!!", com desta que para "Nem Vem Que Não Tem" (Carlos Imperial), um dos grandes sucessos de sua carreira, além de "Vesti Azul" (Nonato Buzar), "Belinha" (Toquinho / Vitor Martins), "Agora É Cinza" (Bide / Marçal) e "Aos Pés da Cruz" (Marino Pinto / Zé da Zilda). Em 1968, lança num compacto "Sá Marina" (Antonio Adolfo / Tibério Gaspar), um dos maiores sucessos de sua carreira, além de ser o carro-chefe do LP "Alegria, Alegria - Vol. 2" ou "Quem não tem swing morre com a boca cheia de formiga", lançado no final do ano, destacando também "Zazueira" (Jorge Ben). No final do ano, excursionou pela Europa, retornando ao Brasil para os preparativos do show "De Cabral a Simonal", um dos shows de maior público de sua carreira. Em abril de 1969, lança pela Odeon o disco que é tema da postagem de hoje: "Alegria, Alegria - Vol. 3" ou "Cada um tem o disco que merece". Como destaque principal do disco, temos "Mustang Cor de Sangue", além de "Silva Lenheira" (com incrível arranjo de Cesar Camargo Mariano), Atire a Primeira Pedra, Mulher de Malandro e Silêncio. Um disco que traz a marca inconfundível da "pilantragem" e "malandragem" de Simonal, com arranjos sensacionais e a participação imprescindível do Som 3 na qualidade musical do disco. Lançado no auge de sua carreira, "Cada um tem o disco que merece" resume bem o que o disco representa para Simonal e para o público que não se esquece de um de sues maiores ídolos.        

1 - Silva Lenheira (Jorge Ben)
2 - Mustang Cor de Sangue (Marcos Valle / Paulo Sérgio Valle)
3 - Menininha do Portão (Nonato Buzar / Paulinho Tapajós)
4 - Silêncio (Eduardo Souto Neto / Sérgio Bittencourt)
5 - Prece Ao Vento (Gilvan Chaves / Alcyr Pires Vermelho / Fernando Luiz Câmara)
6 - What You Say (Wilson Simonal)
7 - Moça (Antonio Adolfo / Tibério Gaspar)
8 - Aleluia, Aleluia (Antonio Adolfo / Tibério Gaspar)
9 - Mamãe Eu Quero (Vicente Paiva / Jararaca)
10 - Meia-Volta (Ana Cristina) (Antonio Adolfo / Tibério Gaspar)
11 - Pensando Em Ti (Herivelto Martins / David Nasser)
12 - Atire A Primeira Pedra (Ataulfo Alves / Mário Lago)
13 - Mulher de Malandro (Celso Castro / Osvaldo Nunes)